O Clube Desporto de Fiães, em Santa Maria da Feira, pretende garantir que a prática desportiva seja algo acessível e adaptado a todas as pessoas, independentemente das suas limitações.
Há dois anos, o clube iniciou um projeto que abriu as portas do desporto, de forma totalmente gratuita, a dezenas de pessoas portadoras de deficiência, residentes no concelho da Feira e não só. As principais apostas são as modalidades de boccia, goalball, voleibol sentado e involei, sendo a mais recente o surf.
Desde praticantes amputados até aos invisuais, em Fiães, todos são bem-vindos e assegurados de que a prática será ajustada às suas circunstâncias pessoais.
Rita Lei, do clube, partilha que a secção de desporto adaptado começou como um sonho. A verdade é que, na região, não há qualquer outro clube desportivo com um projeto similar. Há dois anos, quando o sonho começou a ganhar forma, eram dez os participantes. Agora, a secçãoconta com mais de 40 atletas.
Os praticantes chegam maioritariamente deassociações sociais, como a Casa Ozanam, a Associação de Amigos por Uma Comunidade Inclusiva em Sanguedo (AMICIS), ou a Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO).
Rita Lei afirma que o sacrífico, a nível de trabalho e de investimento monetário, é enorme. Mas presenciar em primeira mão a evolução dos atletas portadores de deficiência em tantas facetas da sua vida é uma recompensa mais do que suficiente.
Segundo os próprios praticantes, de todas as idades, o desporto adaptado permite-lhes melhorar os relacionamentos interpessoais, reconquistar a autoestima e desenvolver uma série de capacidades físicas e psicológicas.