Deu-se uma demissão em bloco por parte da direção dos Bombeiros Voluntários de Lourosa, em Santa Maria da Feira. 52 operacionais da corporação têm vindo a manter-se inativos enquanto exigem que seja nomeada uma nova gestão. A pressão exercida pelos profissionais acabou por conduzir ao desfecho agora anunciado.
Desde março de 2019 que se verifica no quartel de Lourosa um conflito baseado na acusação de má gestão que os elementos voluntários da corporação fazem à direção dos bombeiros.
No seguimento da suspensão da atividade por parte dos 52 operacionais, até mesmo membros externos aos Bombeiros Voluntários de Lourosa participaram numa manifestação que teve como objetivo reclamar um novo corpo de dirigentes.
Ao apresentar a demissão em bloco, a equipa liderada por Joaquim Cardoso, o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lourosa, afirmou que a difícil decisão é o fruto de um apurado processo de reflexão e ponderação.
Joaquim Cardoso classifica os acontecimentos recentes entre a corporação de bombeiros e a direção como tristes e lamentáveis. Na verdade, a gestão não se inibiu de partilhar abertamente os seus sentimentos sobre a situação.
Num documento remetido à comunicação social, os dirigentes declaram que não alimentam qualquer desejo de continuar a trabalhar com indivíduos insensatos e ingratos, que decidiram manchar injustificadamente a boa reputação dos Bombeiros Voluntários de Lourosa.
Afirmam ainda que tudo o que fizeram foi servir a população, depois de terem sido eleitos de forma democrática.
A equipa que se demite fá-lo com um misto de emoções. Por um lado, sente-se orgulhosa e cumpridora. Por outro, sente uma profunda mágoa por não poder concretizar os projetos a que se tinha proposto para os próximos tempos.