A autarquia de Santa Maria da Feira e a Fundação Calouste Gulbenkian assinaram um protocolo para o financiamento do projeto de inclusão Lab InDança. O objetivo deste programa é, ao longo de três anos, ajudar as pessoas portadoras de deficiência a desenvolver as suas aptidões sociais e expressivas através da dança.
O projeto consiste num plano de aulas que decorrem no Imaginarius Centro de Criação, totalizando entre três a sete horas por semana. A coreógrafa Clara Andermatt é a diretora artística.
Dos 74.400 euros de custo global, a Fundação Calouste Gulbenkian comparticipao projeto Lab InDança em aproximadamente 23 mil. Os beneficiados são cerca de três dezenas de utentes de diversas instituições sociais do concelho.
Emídio Sousa, o presidente da autarquia de Santa Maria da Feira afirma que a colaboração com a Gulbenkian apoia os cidadãos portadores de deficiência no desenvolvimento de capacidades úteis transversais a muitas áreas da sua vida, como, por exemplo, ao nível da aprendizagem e do relacionamento social.
Clara Andermatt coordena o projeto e conta com a participação da bailarina Susana Figueiredo, assim como de outros artistas convidados. A coreógrafa realça que o aspeto mais importante a ter conta é a qualidade do tempo que se passa com os alunos e a profundidade das experiências que lhes são transmitidas.
A inclusão através da dança permite aos envolvidos encontrar um equilíbrio entre a diversão e a disciplina, e expressar a sua individualidade. Propicia ainda que reforcem as competências ao nível da criatividade, dos relacionamentos interpessoais, da autonomia, das tomadas de decisão, do espaço e do som, e da consciência do próprio corpo.
Segundo Clara Andermatt, o trabalho que é realizado no contexto do programa Lab InDança, será refletido na maneira como as pessoas portadoras de deficiência lidam com elas mesmas nas dimensões física e mental, e também com os outros e com o mundo.